sábado, 24 de maio de 2008

Conhecimento

Hoje, ao dar uma revisada geral no quarto (vulgo 5S), percebi quantos livros, revistas e certificados de cursos havia na minha gaveta. Puta que pariu! É impressionante como já fiz e aprendi coisas na vida e como, ainda assim, existe milhares de coisas novas para viver e aprender.

Só de livro tenho uns 25. Destes, eu li apenas uns 13. Sim, à primeira vista isso pode parecer pouco. Mas cabe aqui ressaltar que comecei a ter interesse por leitura há um ano e meio atrás. Então a média até que está boa. :P
Eu sei, eu sei... Isso é triste. Um jovem de nível superior, graduado na UFRGS e que não gostava de ler. Acho que isso explica porque o Brasil é assim... hehe!

Revistas muiiiiiitaaaas! Tenho a sorte da Clá ter acesso fácil aos mais variados tipos de revistas que se pode imaginar. A maioria é de negócios, tecnologia da informação (TI), mercado (economia e ações) e empreendedorismo. Ela já trouxe até revista com ensaios sensuais de moças, acreditam? hehehe!
Seguindo o trabalho do 5S, me pus a selecionar algumas revistas para jogar fora. Li capa a capa, e senti o quanto mais eu queria saber e aprender sobre aqueles assuntos. Mas, infelizmente, não tive tempo para me aprofundar melhor naquelas revistas enquanto as informações ainda eram "quentes".

Me senti um burro! Não por não ter lido as revistas e livros a tempo, mas pelo fato de não ter tido tempo para fazer o que eu tenho maior vontade de fazer. Será que estou investindo meu tempo no que eu mais gosto e no que é mais importante para mim?

terça-feira, 20 de maio de 2008

De quem é a culpa?

O que leva as pessoas ficarem sentadas em cadeiras na frente de computadores trabalhando oito horas por dia? Seria a satisfação pessoal? O "desenvolvimento profissional"? A carreira? Ou o dinheiro?

O que estas pessoas estão fazendo de bom? Será que elas são felizes? Se sentem realizadas? Será que o trabalho delas é importante para alguma coisa? É reconhecido?

Ou será que isso tudo faz parte do "sistema"? Por acaso, alguém aqui já escutou (ou leu) frases parecidas com essas: "Isso faz parte da vida." ou "A sociedade funciona assim mesmo." ou
"Se quiser ser feliz, tem que se sujeitar a coisas "impostas" pelo sistema.".

Ahhhh! O Sistema! Eu adoro este cara! Ele é sempre o candidato número UM quando precisamos encontrar um culpado para alguma coisa! Veja abaixo alguns exemplos clássicos:
  • A insatisfação no trabalho é culpa do sistema (que nos obriga a trabalhar para podermos sobreviver).
  • A corrupção política é culpa do sistema (esta sempre existiu e faz parte do sistema, não temos como mudar).
  • O trabalho "escravo" de 8h48 por dia nas indústrias é culpa do sistema (imagina se as indústrias reduzissem a jornada de trabalho para 8h diárias! Impossível, o sistema extremamente competitivo chamado mercado levaria estas empresas a grandes prejuízos!).
Parece falimiar? Hehehe! Este tal de sistema é tão popular que ATÉ os atendentes de call center já aprenderam a utilizá-lo como melhor desculpa: "Minha senhora, infelizmente não posso cancelar o plano que a senhora assinou. É que o SISTEMA não permite!". Ahhhh! É claro! "Esse sistema é um filho da puta mesmo!" Ele nunca permite cancelar... só contratar! :P

(parênteses)
Sem querer tirar o mérito da inteligência dos atendentes de call center, eu entendo que vocês agem como robozinhos que só seguem regras pois isso faz parte do "protocolo" (tá aí outra palavra linda!) de trabalho. Lembrando aqui que também existe excelentes atendentes de call center. Estes são humanos, ágeis, preocupados com a satisfação do cliente, com bom senso, ... Mas, infelizmente, são raríssimos!
(fim dos parênteses)

Bah! Fiz uma bela duma confusão aqui. Comecei falando de trabalho, passei pelos culpados sistemas e terminei nos detestáveis call centers. Enfim, todo esse blá blá blá serve para que as pessoas questionem seus reais motivos antes de tomar certas atitudes. Pense bem no que quer fazer da vida. Pense no resultado que isso vai gerar no futuro. Depois de errar fica muito simples botar a culpa no sistema. Focalize no que tu gosta de fazer e trabalhe para que isso se torne realidade.

It's up to you!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Bento Gonçalves

Bah! Neste final de semana fomos para Bento Gonçalves fazer a rota dos vinhedos com alguns amigos da Clá. Muito show a viagem! Recomendo. Não tanto pelos vinhos, mas pelo astral... (o Luciano me ensinou bastante sobre esta palavra durante a viagem)

Falando um pouco dos vinhos, tem para todos os gostos. Ok, estou focando nos gostos dos menos exigentes... Sabe como é, para todo bom vinho da serra gaúcha existe um equivalente bom vinho chileno pela metade do preço no Zaffari... :P

Ao todo, conhecemos umas oito vinícolas. Passamos pela chiquetê, pela "do vinho barato" (e ruim), pela famosa (que agora virou um reduto do capitalismo, com muitos ônibus e excursões vindos de todos os cantos do Brasil), pela clássica, pela desconhecida de excelente qualidade, pela grande, pela pequena, ... Tudo isso regado a muito vinho e explanações sobre as diferentes variedades de uva.

Até aí tudo dentro do normal. Afinal, é o que se espera de um passeio pela rota dos vinhedos: vinícolas e vinhos. Mas houve um momento que me chamou especial atenção: Ao sair de uma das vinícolas consegui ouvir um impressionante som que há muito não ouvia. Para falar a verdade, havia até esquecido como ele era. Consegui ouvir o "som so silêncio". Coisa rápida, uns 10 segundinhos só.

Como algo tão simples pode ser, ao mesmo tempo, tão marcante?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Propósito (dos outros...)

Hoje percebi melhor que gosto bastante de ajudar as pessoas a descobrir seu propósito de vida. Isso aconteceu conversando com dois amigos, questionando suas vontades e tentando fazer com que eles refletissem e falassem sobre o que realmente querem da vida. Uma pena que foi via MSN, pois se perdem bastantes informações relevantes para uma comunicação efetiva.

Pensando melhor, agora enquanto escrevo, começo a me dar conta que já venho fazendo isso há algum tempo com as pessoas. Talvez isso seja influência da AIESEC, ou do Stephen R. Covey... Talvez traços de liderança?

De qualquer maneira, dizem que isso é uma coisa boa. Será? Queria ter mais certeza disso. No final das contas, não tenho noção se estou realmente colaborando para a realização do sonho destas pessoas ou se só estou utilizando isso como uma fuga das minhas "obrigações", "perdendo" tempo e jogando conversa "fora".

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sabedoria de cachorro-quenteiro

Diálogo verídico, ocorrido hoje...

Auxiliar de cachorro-quenteiro: Ô meu! Aquela mina ali não é só do motoboy, né?
Cachorro-quenteiro: Não é não.
Auxiliar de cachorro-quenteiro: Então ela tem outro?
E o cachorro-quenteiro encerra dizendo: "Elas sempre tem outro!" com aquela risadinha ao estilo "hehe! guri novo..."

Por hoje é só! hehehe!

Um dia especial... continuação

Depois do trabalho tomei uma cerveja com o Rodrigo e conversamos bastante sobre trabalho, carreira e sobre alcançar o que queremos. Foi bem legal. Espero que eu tenha contribuído para o dia do Rodrigo tanto quanto ele me inspirou para as horas que viriam depois. Foi quando rolou uma conversa, igualmente motivante, sobre um negócio que um amigo e eu estamos criando. Sim, criando. Nada mais esperto que começar um negócio num nicho onde não existe nada ainda. ;)

Para os que não sabem (pouca gente sabe), o Anderson é meu parceiro de futuros negócios. Estamos numa fase bastante motivada e tocando uma idéia de negócio adiante. O objetivo é termos o negócio numa incubadora em, no máximo, 2 meses.

O resultado disso tudo vai ser do caráleo, pois estamos criando uma empresa extremamente orientada a pessoas e a resultados. É uma organização que valoriza, acima de tudo, a felicidade, a paixão e a liberdade de expressão dos colaboradores, onde cada um é importante e contribui de forma positiva para alcançar os resultados. Tudo isso num ambiente muito animado, diversificado, criativo e inspirador. Já conseguem vislumbrar o resultado disso, certo? Produtos e serviços extremamente relevantes e simples de usar.

Sabe aquela empresa onde todo jovem amaria trabalhar? Aquela que possui um estilo Google em termos de valorização das pessoas, simplicidade e inovação, estilo Apple em termos de design e inovação, estilo Toyota em termos de qualidade e processos, estilo Starbucks em termos de atendimento ao cliente. (ainda estou procurando um exemplo inspirador que seja orientado a resultados e outro orientado a desenvolvimento de liderança. se souber, agradeço sugestões).

Pois é... Esta é a empresa que estamos criando. E estamos preparados para conquistar e valorizar os maiores talentos do mercado. É o lugar para unir as pessoas que sabem que o mundo dos negócios poderia ser muito melhor, que possuem potencial para fazer acontecer e crescer, mas que, felizmente, o mercado não as reconhece. Sim, felizmente! Porque agora nós estamos aqui para provar o contrário. Te reconhecer, te valorizar e te ajudar para crescermos juntos.

Bah! Até eu vou querer trabalhar nesta empresa! :D

Um dia especial...

Hoje está sendo um dia realmente especial.

Após meses procastinando, pra variar, com uma chata dor nas costas (dizem que é na lombar) e às vezes no joelho, finalmente fui a uma consulta para fazer um check up da minha saúde. Foi numa clínica médica ali na Ramiro Barcelos, quem é de Porto Alegre deve conhecer a rua das árvores. Por falar nelas, hoje tive uma relação muito especial com as mesmas. E, para a minha felicidade, um pouco fora do comum. Não entendo o direito o motivo, mas na verdade tenho uma grande vontade de fazer coisas novas, diferentes e fora do comum (mas isso é assunto para depois).

Percebam que tenho uma séria dificuldade com conexões? Ainda estou tentando encontrar uma maneira de relacionar as árvores com a minha passagem pela redenção em plena terça-feira a tarde, as 13h. Quando na vida que eu iria pensar em cruzar no meio da redenção, num dia de semana, as 13h? É beeeem diferente do final de semana. Para começar tem umas mil vezes menos pessoas, tudo fica mais silencioso e se consegue enxergar mais longe. Recomendo a experiência a todos! :)

Um tempo depois da Redença e eu estava no consultório do doutor "Sérgio", um clínico médico. Fiz o cadastro e logo ele estava me atendendo. Tudo muito eficaz! Alguns minutos de consulta, ele me entregou a indicação de uns 3 traumatos e recebi um: "está tudo bem contigo, pode ficar tranquilo. tu é jovem e ainda está longe de ter problemas de saúde. Só precisa fazer estes exames de rotina e me trazer aqui depois.". Legal... :}

Saí de lá e resolvi tomar um cafézinho na Listo. Pensei comigo: "como é bom folga no trabalho!". Relaxei... pedi um mocaccino, paguei os R$ 5,40 e esperei numa mesa na calçada, bem proxima a loja, olhando para a rua. visão privilegiada. Cara, como é legal ficar percebendo as coisas, observando as pessoas, ouvindo os sons... Coisas que a gente sempre põe no automático e se esquece de que é capaz de fazer.

Na mesa a frente bem a esquerda, mais próxima a rua, havia 3 moças, provavelmente eram da medicina. Estavam falando sobre os homens/namorados e sobre como elas faziam para fugir dos mesmos. Uma disse: "Mas é que a casa dele fica no caminho entre meu trabalho e a minha... Agora estou fazendo um desvio maior para não passar na frente da casa dele!", a outra completou: "Uma vez eu tinha uns rolos que moravam perto da minha casa... a medida que fui "angariando mais rolos", chegou um momento em que todos caminhos diferentes acabaram e eu não tinha como evitar passar na frente da casa de um deles!". Éééé...

Na mesa ao lado delas, a direita, havia um cara sozinho. Era do estilo fortinho "classe b", diferente dos bombadões. Era um cara comum, mas meio pedreiro* com as mulheres (aliás, dizem que todo homem é pedreiro!). O legal dele é que quando passavam moças na calçada ou no bar ele não media esforços para deixar bem visível que estava atraído por elas. Hehehe! Há quem goste.

Na rua, jovens estudantes indo para a aula, passeando e sorrindo com suas piadas. Uma jovem e perua madame passeando com seus brilhos e seu poddle (lembrei da Janete). Um jovem rapaz colocando moedas no parquímetro (quem inventou este aparelho deve estar milionário!). Enfim, tudo ia muito bem.

Mas o caso mais peculiar se passava na mesa ao meu lado, onde uma jovem moça com sotaque meio carioca meio paulista (ela poderia ser de qualquer um dos dois "países") conversava com o seu pai. Ele, um senhor grisalho, beirando os 55 anos de idade, olhos claros (Tenho dificuldade para diferenciar azul ou verde. Há que diga que meu azul é um verde.). Este senhor, provavelmente um escritor, filosofava: "para que escrever, se não querem ler?" e comentava a respeito da falta de cultura das pessoas ao seu redor. Eles falavam sobre Clarice Lispector entre outros...

Parecia que eles estavam tentando encontrar a solução para algum problema, encontrar alguma maneira de escrever alguma coisa. Havia algo que ele queria fazer, mas não sabia o que e muito menos como fazer. Até que a filha disse: "Pai, não vou mais para Amsterdã!". Ele estranhou, mas queria entender o porquê. Ela disse que Porto Alegre é muito similar àquela cidade. Então ambos chegaram a seguinte conclusão: "Amsterdã é Porto Alegre".

Antes de partir, desejei sucesso ao senhor em sua busca por idéias e na realização do seu propósito (seja ele qual fosse). Eles me olharam com uma cara estranha de "não entendemos", dei tchau e parti. Das duas uma: ou eles ficaram felizes com a minha contribuição randômica, ou eles acharam muito bizarro e engraçado o fato de uma pessoa pedir licensa, se intrometer na conversa e falar coisas boas a eles desejando sucesso. De qualquer maneira, acredito que eles ficaram um pouco mais felizes. Ou, ao menos, ficaram um tempo pensando sobre a situação e sobre como a vida pode ser inesperada. Talvez este gesto tenha trazido a inspiração para o velho senhor escrever (e eu acredito que sim). Pena que não sei quem ele é, senão procuraria um texto dele numa coluna do jornal ou num blog amanhã.

Qual a conclusão que tiro de tudo isso? Que uma coisa realmente muito simples que a gente faz pode causar mudanças realmente grandes para nós mesmos e até para os outros. Desde caminhar na redenção no horário de trabalho até ficar alguns minutos tomando um café e observando as pessoas. Experimentem!

*pedreiro: É o homem que "dá no meio das mulheres" ao velho e bom estilo pedreiro. Com aquele olhar bem descarado, curvando todo o corpo para a moça numa posição que só falta juntar um tijolo do chão, jogar na moça e dizer: "ôôõô lá em casa! chêêêêróóósaaaa!!!" (OBS: desnecessário ressaltar que existe muita mulher que curte este tipo de rapaz)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Começando

Pessoal!

Hoje resolvi começar um blog para compartilhar idéias e experiências de vida sobre filosofia, liderança, negócios, pessoas e tecnologia. Espero que aproveitem bastante.