terça-feira, 24 de junho de 2008

E agora?

Conversei agora com o Prof. Nique sobre o MBA em Gestão Mercosul-Europa. É um programa intercultural com 2 anos de duração onde estudarão alunos do Brasil, França e Rússia. As aulas serão todas em inglês. Estudaremos 3 meses aqui depois 4 meses lá. Depois disso, os Brasileiros trabalham de 4 a 6 meses numa empresa de lá, enquanto que os Franceses trabalham em empresas daqui. Ao final desta etapa, o aluno deve escrever uma monografia relatando a experiência do estágio e defendê-la perante uma banca com professores dos 3 continentes.

Além disso, o curso oferece aulas de inglês, francês e português (aqui no Brasil) e aulas de inglês, francês, mandarim, russo e português lá na França. A turma prevê 25 alunos, sendo 10 do Brasil, 10 da França e 5 da Rússia. No final, se obtém um diploma UFRGS - universidade do interior da frança que esqueci o nome, e outro da universidade de Paris (a qual também esqueci o nome).

Tudo parece muito lindo. Entretanto, é preciso lembrar que existe o custo de vida europeu envolvido aí. Seria algo em torno de EU$ 700,00 por mês para viver legal num JKzinho, com comida e um pouco de grana para conhecer o país. Tem as passagens de ida e volta para o velho mundo e os singelos EU$ 9k da pós...

E agora???

Um comentário:

  1. E agora? Bem... Eu não sou o mais especialista no assunto, mas acho que para qualquer investimento desse porte tem que ser feita uma análise de risco. Ou seja, verificar o reconhecimento do MBA, tanto aqui no Brasil quanto lá; tentar entrar em contato com algum ex-aluno de edições anteriores para ver se o curso foi valorizado; verificar a possibilidade de obter bolsa para pagar os 9k, ao menos; procurar por alguma avaliação tanto da universidade de lá quanto dos professores envolvidos na parte de ensino; verificar em quais empresas é realizado o estágio, de forma a ver se a empresa é de tamanho significativo e que aporte problemas de gestão, por exemplo, etc. Outra faceta é analisar se a parte cultural da atividade não se sobrepõe ao MBA em si, uma vez que existem formas mais baratas de fazer um intercâmbio cultural.

    No final, toda essa análise de risco serve apenas para termos em que "tocar" antes de realizar ou não algo. A decisão final por fazer ou não fazer qualquer coisa quase sempre é ligada às emoções. A racionalidade da análise de fatos reais serve apenas para suportar a nossa decisão emotiva, seja ela por um sim ou por um não. Além disso, algumas vezes, uma decisão baseada apenas na emoção, por mais estranho que ela possa parecer, pode ser também a mais certa. Tudo depende! Um professor me disse uma vez também que eu deveria não aceitar as primeiras opções, porque opções melhores viriam em seguida. Até agora não verifiquei se isso é verdade ou não.

    Uma alternativa é simplificar o processo de decisão. Simplificar mesmo. Exemplo: Se os ex-alunos dizem que o MBA é bom e tem uma boa colocação hoje no mercado, booota. Se não há possibilidade de contactar os alunos, verificar a qualidade do curso (números de edições, repercussão, avaliações externas). Se o curso é avaliado mais ou menos, refletir para ver se é "o" MBA a fazer. Se tá afim, booota. Bem... concordo, não dá pra simplificar.

    Independente da decisão, tudo é mudável. Um ano é pouco na vida de alguém, mesmo que determinada decisão não venha a ser boa, se aprende e se faz certo depois, sempre.

    Difícil de responder esse teu "E agora??".
    Bon courage!

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